domingo, 26 de abril de 2009

Vítória Régia

A vitória-régia ou Victoria amazonica é uma planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Possui uma grande folha em forma de círculo, flutua sobre a superfície das águas, pode vir a ter até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos.
Sua floração branca abre apenas à noite e permanece florecida até as 9 (nove) horas da manhã do outro dia, seu período de floração vai de março a julho, elas expelem uma fragrância adoce como a do fruto abricó. No dia seguinte a polinização deixa a flor cor de rosa.
O liquido quando é extraído de suas raízes é utilizado pelos índios como tintura negra para os cabelos.
A lenda da Vitória Régia conta que á muitos anos, em uma tribo indígena, a lua (Jaci, para os índios) era uma deusa que ao aparecer em cima do rio, beijava os rostos das mais belas virgens, índias cuiantãns da aldeia com sua luz e as transformava em estrelas no céu.
Uma jovem cuiantã da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo dia em que seria chamada por Jaci.
Os pajés da tribo falavam a Naiá que depois de seu encontro com a deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne e viravam estrelas do céu. Mas Naiá queria fogosamente ser levada pela lua. Naiá já não comia e nem bebia, quando em uma noite, sentou-se a beira do lago e viu refletir a imagem de Jaci, obcecada atirou-se no lago, nao voltando mais a superficie, a deusa por horadez resolveu transforma-la em uma estrela diferente, em estrela das águas.

"Naquela noite radiante surgiu a lua no poente
Tão alva quanto as estrelas tu surgiste de repente
No encanto da natureza o mundo era um jardim
Aquela flor cativante ali sorrindo pra mim
Aquela flor cativante ali sorrindo pra mim
Sempre vaguei livremente nas asas da liberdade
Hoje ando unicamente buscando a felicidade
E a felicidade apenas virá pelo teu sorriso
Andarei rumo aos teus olhos pra habitar teu paraíso
Dois olhos que se tocaram o pulsar de dois corações
Dois seres enamorados levitando em emoções, sou flor de vitória régia
Enfeita a noite dos rios quero que enfeites a vida de um coração tão vazio
Busquei tanto o reencontro nunca mais te encontrei
Andei por todos jardins onde andas eu não sei
Traga a minha liberdade antes da tarde ter fim
Eu serei teu beija flor se vieres pro meu jardim"
(Wilson Pain).